22 de outubro de 2010

Muito meu




Não é orgulho nem fingimento, eu apenas não falo de você por aqui. Você é aquele tipo de pessoa que não cabe em palavras. Você chega e me entende sem eu precisar escrever, desenhar, explicar. Porque você sempre foi digno de uma canção, de copos na mesa, de samba no pé. Você é digno daqueles filmes que a gente assiste sozinho e guarda no coração as cenas que apaixonam, que instigam, que alimentam a alma. Nem da cor dos seus olhos eu falo, porque tudo o que importa é o seu olhar no meu. Guardei pra você todos os poemas que eu não fiz, e você guardou todas as palavras que eu não disse. É o “toque que não toca o corpo”. Porque depois do meu ultimo surto eu percebi que a nossa relação não precisa de urgências, nem de choro, nem de vela.Hoje eu consigo respirar aliviada, sem me preocupar com o que você está fazendo. Aprendi a gostar de você aos pouquinhos, só para não ficar perigoso de te perder. E o melhor de tudo é que eu sei que você é muito meu. Porque do jeito que eu te tenho, nenhuma outra pode ter, nem igual nem parecido. Porque eu sei que só preciso dizer “psiu” e você me atende prontamente. E é por isso que eu te guardo em segredo. Não coleciono seus poemas, prefiro guardar bem guardado pequenas palavras que um dia me disse e que um dia vai dizer. Desejos, possibilidades... Eu te quero bem... assim. Eu sendo a sua poesia e você o meu poeta.


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